Quando tratamos de saúde ocular, diversas condições podem surgir, sendo que muitas delas permanecem desconhecidas pela maioria das pessoas. O pterígio é uma dessas condições, afetando uma parcela significativa da população e sendo mais prevalente do que se imagina.
No presente artigo, iremos examinar o que caracteriza essa condição, seus sintomas, possíveis origens, métodos de tratamento e o impacto que esse problema pode ter na saúde visual da população brasileira.
Compreendendo o quadro, o que é o pterígio?
O pterígio, também chamado de “carne no olho”, é uma condição ocular que afeta a córnea, a camada frontal do olho.
Essa condição é marcada pelo crescimento anormal de um tecido em formato triangular sobre a córnea, geralmente constituído por colágeno e vasos sanguíneos, e que pode aumentar gradualmente com o tempo.
De que maneira o problema pode se manifestar?
Os sintomas do pterígio podem variar de pessoa para pessoa e de acordo com o estágio da condição. Entretanto, na maioria dos casos, os sintomas mais frequentes incluem:
Irritação ocular: uma sensação de coceira, ardor ou desconforto nos olhos representa um dos primeiros sinais da condição.
Vermelhidão: a área afetada pode apresentar vermelhidão e inflamação, especialmente após exposição ao sol ou vento.
Visão turva: conforme o pterígio cresce sobre a córnea, pode afetar a qualidade da visão, resultando em visão turva ou distorcida.
Sensação de corpo estranho: muitos indivíduos com esse problema descrevem a sensação de ter um corpo estranho nos olhos, o que pode ser bastante incômodo.
Possíveis causas para o desenvolvimento do quadro:
Embora a causa exata do pterígio não seja totalmente compreendida, vários fatores podem contribuir para o seu surgimento. Alguns desses fatores incluem:
Exposição à radiação UV: a exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol é considerada um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da condição. Isso explica, em parte, por que a doença é mais prevalente em regiões ensolaradas, como o Brasil.
Ambientes secos e empoeirados: a exposição a espaços com essas características pode irritar os olhos e aumentar o risco de desenvolvimento do quadro.
Predisposição genética: estudos indicam que a influência genética pode desempenhar um papel no desenvolvimento do pterígio, tornando algumas pessoas mais suscetíveis do que outras.
Abordagens de tratamento:
O tratamento da condição pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e a evolução do quadro. Em casos leves, medidas conservadoras podem ser suficientes para aliviar os sintomas, incluindo:
- Utilização de lágrimas artificiais para manter os olhos lubrificados e aliviar a irritação;
- Evitar exposição prolongada ao sol e utilizar óculos de sol com proteção UV;
- Utilizar óculos de proteção em ambientes secos ou empoeirados.
Contudo, em estágios mais avançados, quando o pterígio compromete a visão ou causa desconforto significativo, pode ser necessária intervenção cirúrgica. A cirurgia de pterígio consiste na remoção do tecido anormal e, em alguns casos, no uso de enxerto para cobrir a área tratada.
É crucial enfatizar que, após a cirurgia, cuidados preventivos, como o uso de óculos de sol e a proteção dos olhos contra elementos ambientais, são essenciais para evitar recorrência.
Se houver suspeita de estar enfrentando esse problema ou experienciando sintomas oculares persistentes, buscar avaliação de um oftalmologista é fundamental para um diagnóstico e tratamento adequados.
Lembre-se sempre de proteger seus olhos contra a exposição excessiva ao sol e outros fatores ambientais para preservar a saúde ocular.
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